Dessas que não se pode ceder ou comercializar.
Que rebentam músicas exclusivas.
E eu, com olhos de rubi, recolhi cada uma que coube em meu
embornal.
Carreguei com a urgência dos que tem fome.
... fome de amanhã, fome de outra asa.
Fazendo a mais valiosa melodia andarilha.
Mas numa dessas curvas, que nem me recordo mais,
Quis ver o sorriso nascer em outro viajante,
Compartilhando passos em uma calçada esburacada,
Mas com trilha sonora singular,
Uma dança dominical.
Nunca soube se tive sucesso, mas
Desde então, meu embornal passou a ter um peso infortúnio,
Do tipo que turva óculos e aumenta a sombra,
E Édith Piaf nunca cantou tão triste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário