quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Olhos famintoS

 

Acredito ser esses olhos famintos

Que provocam em mim esse desvario,

Acometendo meus pés antes distintos 

Caminhantes de um percurso sumário. 

 

A recém assimilada solitude 

Ornada de momentos silenciosos 

Caiu por terra da maneira mais rude 

Frente ao maior sorriso capcioso

 

Então livros, plantas, pássaros, todo lar

Provaram a mescla agridoce da paz

Com doses desproporcionais de caos

 

Tal como a Ilíada e os dânaos 

De um coração em uma batida voraz

Vejo que nada pode fazer serenar ...



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